sábado, 24 de março de 2012

LENDA SIOUX DA ÁGUIA E DO FALCÃO

Lenda Sioux da Águia e do Falcão!



Índios Norte Americanos

Os dois Lobos

Um ancião índio descreveu os seus conflitos internos da seguinte maneira:
- Dentro de mim tenho dois lobos. Um deles é cruel e mau. O outro é muito bom. Os dois lobos estão sempre à briga.
Quando lhe perguntaram qual o lobo que ganhava a briga, o ancião respondeu:
- Aquele que eu alimentar.


Lenda Sioux da Águia e do Falcão!

Conta uma velha lenda dos índios Sioux, que uma vez, Touro Bravo, o mais valente e honrado de todos os jovens guerreiros, e Nuvem Azul, a filha do cacique, uma das mais formosas mulheres da tribo, chegaram de mãos dadas, até a tenda do velho feiticeiro da tribo ...
- Nós nos amamos... e vamos nos casar - disse o jovem.
- E nos amamos tanto que queremos um feitiço, um conselho, ou um talismã... alguma coisa que nos garanta que poderemos ficar sempre juntos... que nos assegure que estaremos um ao lado do outro até encontrarmos a morte. Há algo que possamos fazer?
E o velho emocionado ao vê-los tão jovens, tão apaixonados e tão ansiosos por uma palavra, disse:
- Tem uma coisa a ser feita, mas é uma tarefa muito difícil e sacrificada...
Tu, Nuvem Azul, deves escalar o monte ao norte dessa aldeia, e apenas com uma rede e tuas mãos, deves caçar o falcão mais vigoroso do monte e traze-lo aqui com vida, até o terceiro dia depois da lua cheia.
E tu, Touro Bravo - continuou o feiticeiro - deves escalar a montanha do trono, e lá em cima, encontrarás a mais brava de todas as águias, e somente com as tuas mãos e uma rede, deverás apanhá-la trazendo-a para mim, viva!
Os jovens abraçaram-se com ternura, e logo partiram para cumprir a missão recomendada... no dia estabelecido, à frente da tenda do feiticeiro, os dois esperavam com as aves dentro de um saco.
O velho pediu, que com cuidado as tirassem dos sacos... e viu eram verdadeiramente formosos exemplares...
- E agora o que faremos? - perguntou o jovem - as matamos e depois bebemos a honra de seu sangue?
Ou cozinhamos e depois comemos o valor da sua carne? - propôs a jovem.
- Não! - disse o feiticeiro, apanhem as aves, e amarrem-nas entre si pelas patas com essas fitas de couro... quando as tiverem amarradas, soltem-nas, para que voem livres...
O guerreiro e a jovem fizeram o que lhes foi ordenado, e soltaram os pássaros... a águia e o falcão, tentaram voar mas apenas conseguiram saltar pelo terreno. Minutos depois, irritadas pela incapacidade do voo, as aves arremessavam-se entre si, bicando-se até se machucar.
E o velho disse: Jamais esqueçam o que estão vendo... este é o meu conselho. Vocês são como a águia e o falcão... se estiverem amarrados um ao outro, ainda que por amor, não só viverão arrastando-se, como também, cedo ou tarde, começarão a machucar-se um ao outro... Se quiserem que o amor entre vocês perdure...Voem juntos mas jamais amarrados".

ÚLTIMOS PELES VERMELHAS

OS ÚLTIMOS PELES VERMELHAS




Quais eram as principais tribos de índios do Velho Oeste?
por Roberto Navarro

Cheyennes, apaches, navajos, comanches, blackfeet e sioux eram algumas das principais nações indígenas nos Estados Unidos nos tempos do Velho Oeste, no século 19. Todas viviam na região conhecida como Grandes Planícies da América do Norte, uma vasta área que se estende do rio Mississípi em direção ao oeste do continente. "Os povos das planícies são designados de acordo com os idiomas que falavam. Uma linguagem de sinais fornecia formas práticas, mas limitadas, de comunicação entre tribos de idiomas diferentes", diz a antropóloga americana Regina Flannery-Herzfeld, da Universidade Católica da América, em Washington. Com a chegada do homem branco, os índios das planícies começaram a adquirir artigos como armas de fogo e tecidos, o que levou ao declínio das tradições e culturas nativas. Quando viviam isolados da civilização, as tribos tinham como único bicho doméstico o cão, que servia principalmente como animal de carga, puxando uma espécie de trenó de madeira. Os cavalos só se espalharam entre os índios americanos após contatos com os primeiros colonizadores espanhóis, ainda no século 16. A maior parte das nações era nômade, vivendo em acampamentos temporários e se deslocando à procura de alimento. Tais grupos tinham como uma de suas principais atividades a caça de grandes animais, como antílopes, alces e, em especial, búfalos. "Na segunda metade do século 19, tribos que antes eram hostis entre si se uniram contra os forasteiros brancos. Às vezes, os índios eram bem-sucedidos em ataques, mas no final foram aniquilados e transferidos para reservas", afirma Regina.

Últimos peles-vermelhas
Em meados do século 19, seis grandes tribos enfrentavam a invasão dos colonos brancos
CHEYENNES

Viviam na região do estado de Montana, no norte dos Estados Unidos. Nômades, montavam aldeias temporárias com cabanas cônicas, conhecidas como tepees. Por mais de 20 anos os cheyennes se envolveram em uma série de ataques aos brancos, além de se unirem a outras tribos contra a presença de colonos em seu território. Em 1876, os cheyennes se aliaram aos antigos inimigos sioux para aniquilar a Sétima Cavalaria, famosa tropa do Exército americano comandada pelo "general" Custer
SIOUX

Também chamados de dakotas, espalhavam-se pelos estados de Dakota do Norte e do Sul, no centro-norte dos Estados Unidos. Eram os mais agressivos contra os brancos e tinham cerimônias que incluíam rituais de tortura como prova de bravura. Num desses rituais, mostrado no filme Um Homem Chamado Cavalo (1970), o índio tinha a pele atravessada por pinos de madeira presos a cordas, que eram estendidas para erguer o corpo até gerar dilacerações. Os sioux resistiram aos brancos até 1890, quando foram massacrados

NAVAJOS

O mais populoso grupo de índios dos Estados Unidos vivia na região do Novo México (sul do país) e falava um idioma parecido com o de seus "primos" apaches. Tinham uma religião complexa, que incluía cerimônias com a criação de grandes pinturas no chão, feitas com flores e areia colorida. Os navajos eram menos agressivos, mas foram considerados perigosos o bastante para justificar o envio de uma expedição militar contra eles em 1863. Cerca de 8 mil índios foram presos e assim permaneceram até 1868

Blackfeet

Com muitas armas de fogo e cavalos, os "pés-negros" habitavam o centro-norte dos Estados Unidos e possuíam uma das mais poderosas forças guerreiras do Velho Oeste. Eram famosos por arrancar os escalpos dos inimigos vencidos, fossem eles soldados americanos ou índios rivais. Ainda no início do século 19, boa parte da nação morreu de fome após o extermínio das manadas de búfalos de seus territórios. A partir daí, os blackfeet se concentraram na agricultura e na criação de gado, passando por um processo de mistura progressiva com outras tribos
APACHES

Muito hábeis no uso de cavalos, os apaches se dividiam em bandos autônomos que viviam perto da fronteira com o México. Mesmo sem possuir uma organização centralizada, tiveram grandes chefes, como Cochise e Geronimo, que os levaram a travar guerras sangrentas contra espanhóis, mexicanos e americanos após o fracasso de acordos de paz. Inferiorizados militarmente, foram derrotados de uma vez por todas em 1886 e levados como prisioneiros para a Flórida e outros estados americanos.
COMANCHES
Nômades no século 19, os comanches promoviam temíveis ataques surpresa e ocuparam terras de outras tribos, como os apaches, no sul dos Estados Unidos. Era uma nação poderosa, que dependia muito da caçada de búfalos, animal que fornecia à tribo alimento e matéria-prima para roupas e utensílios. Foram uma das primeiras nações a adotar o cavalo, após contatos com espanhóis. Os comanches firmaram vários acordos de paz com o governo americano, que jamais impediu que os territórios da tribo fossem invadidos



 

APACHES

APACHES



Os Apaches são os índios mais conhecidos da América do Norte por serem um povo aguerrido e muito exposto no cinema. Eles se auto definem como Ti-neh (O Povo).

Habitavam uma área enorme no lado oriental do Novo México, que também invadia o Texas e o México. Este povo orgulhoso e guerreiro se dividia em muitos grupos, sendo mais conhecidos os jicarillas, os mescaleiros e os chiricahuas, mas haviam os kiowa, white mountain, os tontos, etc. Os primeiros intrusos do território Apache foram os espanhóis, a partir de 1.500.

Apache é uma palavra que significa inimigo e como os Navajos pertencem ao grupo lingüístico Athapaska, e também são da área cultural Sudoeste. Mas as coincidências param por aí.

Haviam diferenças entre os vários grupos de Apaches, principalmente no modo de vestir e nos acessórios que utilizavam. Haviam os grupos mais dedicados ao pastoreio e caçadores de bisontes, animal que garantiu a sobrevivência durante séculos, e outros voltados para os saques em fazendas e povoados, como os Mescaleiros, que viviam nas montanhas.

Na cultura tradicional, as mulheres cuidavam do alimento, da madeira e da água, enquanto os homens tinham que caçar e guerrear. A poligamia era praticada quando as condições econômicas permitiam. A religião era fundamental na vida Apache e pediam a proteção dos espíritos das montanhas. Usan era o seu Deus. Os feiticeiros eram muito respeitados nas tribos e detinham muitos poderes, freqüentemente influenciando os chefes nos Conselhos tribais, em que tomavam suas decisões mais importantes.

Por serem grandes guerreiros e precisassem se locomover com grande freqüência, suas tendas era feitas de lã e gravetos, para montar e desmontar de forma rápida. Assim podiam sumir sem deixar vestígios em pouco tempo, quando se viam ameaçados.

Viviam numa região hostil, de escassos recursos naturais e por isso se especializaram em saquear as fazendas e povoados dos colonizadores brancos e via de regra roubavam também as outras tribos, sumindo rapidamente nas serras da região, onde construíam inacessíveis esconderijos. Durante muitos anos o Exército sofreu na tentativa de subjugar os Apaches, mas parecia impossível combate-los.

Além do conhecimento do terreno, os Apaches contavam com a resistência animal conseguida em anos de vida dura e treinamento. Sabe-se que os índios passavam por treinamentos muito rigorosos, alguns incríveis, como o aplicado aos jovens, que corriam dez milhas com a boca cheia de água e não podiam beber um gole sequer. Eram atiradores admiráveis com o arco e flecha ou lançando suas machadinhas e cavaleiros invencíveis, capazes de cavalgar durante vários dias, sem parar para dormir. Se o cavalo morria, eles continuavam sua marcha a pé. Também eram admiráveis no combate corporal, quando usavam de muita astúcia e força. E por fim, eram guerreiros barulhentos, que arrepiavam os inimigos com seus gritos de guerra e rostos ferozes pintados para o combate.

Como em todo lugar da Terra, os lideres eram escolhidos entre as famílias mais importantes, mas qualquer um podia chegar a chefe, se tivesse carisma e autoridade, principalmente se adquiridos em combate. Adotavam, quando possível, o tipo democrático e geralmente assumia o comando o guerreiro mais próximo ao que deixava o posto.

Os Apaches são estimados em cerca de 18 mil pessoas e já foram bem menos na década de 30, quando não passavam de 8 mil. Hoje são civilizados e convivem em paz com os brancos, que aprenderam a respeita-los.

Mas se os Apaches eram estes guerreiros formidáveis e invencíveis, como perderam a Guerra com os brancos? Ora, os brancos não paravam de chegar na região e tramavam sem trégua para expulsa-los. Com o tempo, corromperam muitos índios e espalharam doenças nas tribos. Nestas condições adversas, um lado diminuía e outro aumentava. Porém, não foi fácil para os brancos, pois alguns Apaches se destacaram e deram muito trabalho.

Mangas Coloradas


Um dos grandes ícones Apache foi o Chefe Mangas Coloradas, apelido recebido graças ao roubo de uma camisa vermelha. Em 1837, ele era o guerreiro mais conhecido no Novo México, que ainda pertencia ao México e em Sonora, estado vizinho ao sul, pagavam-se 100 dólares por um escalpo Apache, tamanha o ódio e o temor desses índios. Foi quando usaram um embuste e deram uma festa em Santa Rita, tendo como convidados os Apaches do Chefe Juan José. Os índios atenderam ao apelo e quando estavam cheios de whisky e tequila, entrou em ação um canhão, que abriu fogo contra os Apaches, que foram massacrados em 100, inclusive o chefe. E coube a Mangas vingar os irmãos. Num assédio a Santa Rita, onde ninguém saía com vida. Mas os índios se afastaram antes de tomar o povoado. Então cerca de 400 habitantes decidiram deixar a região e por vários dias não viram sinal dos Apaches, mas foram atacados num desfiladeiro e mortos. Apenas 5 escaparam e conta-se que foi para noticiarem o massacre aos brancos.
Mangas foi aprisionado em 1863, durante a guerrilha com os Estados Unidos e morto sob tortura por soldados bêbados, como conta a versão oficial do Exército, mas fala-se a boca curta que o fizeram pagar pelas suas torturas escabrosas.

Cochise


Este grande líder Apache, da tribo dos Chiricahuas, promoveu a paz com os brancos durante muito tempo. Mas em 1858, construíram uma estação de diligência perto de Passo Apache, a região foi habitada e certo dia noticiaram em Forte Buchanan o rapto de um rapaz. Mandaram 50 soldados prender Cochise, que os recebeu em paz, mas ao perceber suas intenções, conseguiu escapar. Teve inicio mais um período turbulento na história Apache. Cochise ordenou que matassem qualquer branco que ultrapassassem o Passo e construiu uma fortaleza nos Montes Dragon. Até maio de 1862, ninguém conseguiu dar cabo dos Apaches, que estavam fortes com a aliança de Cochise e Mangas Coloradas, somando quase mil guerreiros. Porém, o General Carleton levou dois canhões, arma desconhecida pelos Apaches, e conseguiu uma vitória sobre eles, construindo em seguida o Forte Bowie, para assegurar a posição, bem na fronteira do território Apache. Mas continuava a corrida dos mercadores e especuladores para dominar o território e expulsar os índios, causando todos os tipos de conflitos. Em 1870, Cochise deu permissão para a passagem de diligências no território Apache, após entendimentos com um branco corajoso, de nome Tom Jeffords, que foi negociar com o chefe Apache, sozinho. Cochise, após a pressão contínua e muitas promessas do governo, aceitou também ir para a reserva de Sulphur Springs, um maldito lugar inóspito, que adoentou muitos guerreiros, inclusive o grande Chefe, que faleceu em 1.874. Em seu lugar assumiu o filho, Tazay, que continuou os passos do pai, procurando a paz, mas respondendo às afrontas.

Victorio e Nana


Victorio pertencia à tribo dos Mimbreños e foi um braço forte de Mangas Coloradas. Quando o seu povo foi confinado na reserva de San Carlos, no Arizona, lugar de planaltos e desertos, ele resolveu fugir. Dali reuniu um grupo de mescaleros e iniciou uma luta insana contra os brancos, causando mortes e destruição em suas incursões relâmpago na região de fronteira com o México. Foi caçado pelos casacas-azuis durante anos. Cansado de persegui-los em vão, americanos e mexicanos entraram num acordo para destruir de vez o seu bando. Então Victorio perdeu muitos guerreiros num confronto com o 10º. de Cavalaria em Rattlesnake Springs e fugiu para o México, mas era esperado e os Apaches foram pegos de surpresa e massacrados. Somente alguns guerreiros conseguiram escapar.

Entre os fugitivos, estava Nana, o feiticeiro, que fugiu para a Serra Madre e depois foi para o Arizona, onde formou um grupo, disposto a vingar os irmãos mortos em combate. Nana tinha muitos recursos, pois usou boa parte do produto dos saques realizados por Victorio. O novo chefe tinha 80 anos, muitos truques e audácia pura. Atacou colonos, saqueando e matando; atacou comboios militares, para se abastecer de armas e munições; e sempre sumia nos desfiladeiros, deixando os soldados para trás. Usava de toda a resistência e astúcia dos seus guerreiros, sempre fazendo o dobro do que conseguia um soldado e por isso foi considerado um grande vencedor, pois nunca foi capturado e morreu de velhice.

Gerônimo

O mais famoso guerreiro Apache começou a odiar de verdade o homem branco no dia em que retornou para casa e encontrou tudo destruído, a sua família assassinada. Os autores eram mexicanos. Então sua vida resumiu-se a uma palavra, um sentido: Vingança!

Este índio rebelde foi um constante problema para o governo americano, que gastou milhões ao mobilizar mais de 10 mil soldados em sua captura. Ele erguia o lenço branco da paz quando estava em maus lençóis e uma vez capturado, fugia em seguida. Aprendeu com os brancos o seu modo de lutar e utilizou as armas que contra ele usavam, inclusive dinamite. Tocava fogo no mato, envenenava os poços, apagava as pegadas, atacava à noite, isso sem contar os assédios circulares e as flechas incendiárias, alem das torturas Apaches.

Venceu o General Crook, um matador de índios, e seu nome difundiu-se pelo Oeste, atraindo novos guerreiros, desejosos de combater ao seu lado. O Governo Americano não agüentava mais a pressão da opinião pública, eficientemente excitada pelos diretamente prejudicados pela tensão regional do poderio indígena e patrocinou mais uma campanha contra os Apaches, liderada pelo General Miles, que grande estrategista e mostrando grande poder de fogo, conseguiu vencer o ceticismo de Gerônimo e o convenceu a se render em 1886, sendo confinado em Forte Sill, onde morreu em 1909.

Tal qual os habitantes nativos de todo o mundo, os Apaches sucumbiram à ganância e pressão dos colonizadores. Cochise foi o último a parar o combate e assinar um tratado definitivo com o governo americano. Entretanto, a coragem e ousadia dos Apaches em defender o seu território diante de um invasor mais numeroso e poderoso rendeu-lhes uma grande exposição no cinema. Os diretores cinematográficos vislumbraram o potencial e exploraram ao máximo a imagem desse povo, quase sempre mostrando o lado sanguinário e feroz dos índios.

Durante anos, vimos nos cinemas os filmes de faroeste onde os Apaches, seguidos de Sioux e Comanches, eram os grandes vilões, e sempre eram vencidos pelos casacas-azuis. Mais tarde surgiram alguns filmes explorando o lado bom dos índios, mas o estrago já estava feito. Passado um século desde a colonização do oeste americano, já se vê os índios com outros olhos e felizmente vemos que nem todos eram maus e apenas defendiam sua terra, tradições e sobrevivência com unhas, dentes, arco e flechas.

ARIZONA, INDIOS HOPI E OS UFOS

índios hopi, Arizona e os UFOS


Indios hopi, Arizona e os UFOS
Os amigos voadores dos índios hopi
(Revista UFOPT Magazine, páginas 24 a 30)
Os índios hopi no Arizona afirmam que seus antepassados foram visitados por seres que se deslocavam em discos voadores e dominavam a arte de cortar e transportar enormes blocos de pedra assim como de construir túneis e instalações subterrâneas.

A mensagem do labirinto, a vista do conhecimento pode concluir à sabedoria ou a perdição do buscador e este é o olhar inerente a toda aventura humana desde o momento mesmo em que vislumbramos a possibilidade de acessar a inteligência.
A ele alude por exemplo a lenda de Teseu e Ariadne, encenada no labirinto de Dédalo, em Cnossos, na ilha de Creta. O esquema do dito labirinto, ancestral que se repete em desenhos parecidos nas diversas culturas da antiguidade tal como aparece gravado em moedas cretenses antigas, é idêntico a outro que aparece em 1 cruz rúnica dinamarquesa e a outro que simboliza a Mãe Terra, entre os índios hopi americanos.
A identidade dos ditos esquemas, que formam partes do simbolismo inerentes a culturas diferentes como estas três é realmente assombrosa e segue constituindo um enigma a a parte que é um reta para o investigador.
Discos Voadores

Igualmente assombroso é o trecho de que a mitologia mediterrânea pareça idêntica entre os índios hopi. Pois a tradição de ditos índios, viva hoje em dia une origem do seu povo ao contato com os seres de forma humana que dispunham de aparelhos voadores em formato de discos.
Os textos clássicos latinos assim como os anais laurencianos que davam conta da campanha de Carlos Magno referem diversos avistamentos de discos voadores. As tradições dos índios hopi são exatamente iguais. Detenhamos no momento nestas tradições.
Os índios hopi vivem hoje em uma reserva norte americana no Arizona e seu povoado principal é Oreibi o mais antigo lugar ininterruptamente habitado da América do Norte. Joseph F. Blumrich, integrante da NASA que reconstruiu o esquema da nave que viu e descreveu nos textos bíblicos o profeta Ezequiel e com quem tive oportunidade de trocar informações nos congressos da Sociedade de Antigos Astronautas celebrados em Crikvenika(Croáa ) e Munique vive em Laguna Beach , na Califórnia no limite da reserva dos hopi.
Desde o ano de 1971 mantém uma amizade agradável com o indio ancião White Bear (Urso Branco) o qual tem narrado pacientemente a Blumrich suas antigas recordações de seu povo que formam parte de sua atual tradição viva. O Engenheiro Blumrich dispõe hoje assim de quase 50 horas de fitas gravadas com narrações e explicações. Vou aqui resumir todos os pontos que interessam destas gravações.
Kassakara e os sete mundos


De acordo com a tradição hopi, a História da Humanidade está dividida em períodos que eles denominam mundos, os quais estão separados por terríveis catástrofes naturais:
o primeiro sucumbiu pelo fogo,
o segundo pelo gelo,
o terceiro pela água.
Atualmente vivemos no quarto mundo.

No total, na humanidade devem ocorrer sete. Não sendo comprovados historicamente os dois primeiros mundos, a memória tribal dos hopi remonta a época do terceiro mundo, cujo nome era Kassakara. Este, na verdade, era o nome de um imenso continente situado no espaço atual do oceano pacífico. Este era Kasskara, também pais do leste, mas seus habitantes tinham a mesma origem que os de Kassakara .
Os Katchinas chegaram pelo ar


Os habitantes desse outro país começaram a se expandir e a conquistar novas terras, atacando Kassakara ante a oposição desta do que deixar-se dominar. Fizeram com armas nucleares potentíssimas o que nos leva a pensar em armas nucleares descritas nas epopéias hindus assim como nas deflagrações atômicas de Sodoma e Gomorra, impossíveis de se descrever.
Tão só os selecionados para sobreviver e ser salvos no mundo seguinte foram colocados embaixo do escudo, de modo que os projéteis imigos não acertavam os escolhidos pois eram destruídos no ar.
Repentinamente o país do leste desapareceu paulatinamente abaixo das águas do oceano devido a uma causa desconhecida e também Kasskara começou a inundar-se paulatinamente.
Neste momento, os Katchinas ajudaram os eleitos a transladar-se para novas terras. Este fato marcou o fim do terceiro mundo e o começo do quarto!

É preciso lembrar que desde o primeiro mundo os humanos estavam em contato com os Katchinas, palavra que pode ser traduzida por veneráveis sábios. Se tratava de seres visíveis, de aparência humana que nunca foram tomados por deuses mas somente seres de conhecimento e potencial superiores aos humanos.Eram capazes de locomover-se pelo ar em velocidade gigantesca e de aterrisar em qualquer lugar. Como se tratavam de seres corpóreos, precisavam de naves voadoras para seus deslocamentos que nas crônicas romanas e de Carlos Magno recebiam diversos nomes.
Discos Voadores

White Bear descreve estes artefatos: Se 1 carapaça cortares a parte inferior obterás um com certeza. O mesmo fazer com a parte superior. Se supercolocar ambas as partes se obtém um corpo em formato de lentilha. Este é basicamente o aspecto de 1 disco voador.
Hoje em dia os Katchinas já não existem na Terra. As danças Katchinas tão conhecidas hoje na América do Norte, são representadas por homens e mulheres em qualidade de substituição dos seres realmente existentes antigamente. Os Katchinas podiam em ocasião ter um aspecto estranho sendo assim originariamente podiam confeccionar munhequeiras Katchinas para as crianças se acostumarem com seu aspecto. Hoje em dia estas munhequeiras são fabricadas preferencialmente para turistas e colecionadores
O grande exodo

Fechada esta declaração regressamos ao fim do território dos antigos habitantes de Kasskara. A população de acordo com a recordação dos hopi foram levados a terra por três caminhos diferentes. Os selecionados para recorrer, inspecionar e preparar foram levados ali pelo ar, pelos discos voadores dos Katchinas. O grande resto da população teve que percorrer a enorme distancia a bordo de barcas. Conta a tradição que esta viagem se efetuou por 1 rosário de ilhas em direção noroeste até as terras da atual América do Sul..
Tocada pelo raio
A nova terra recebeu o nome de Tautoma que vem a significar a Tocada pelo Raio. Tautoma foi também o nome da primeira cidade que ergueram na margem de um grande lago. De acordo com os conhecimentos
atuais, Taumoma se identifica a Thiauanaco, entrada para o lago correspondente ao Titicaca, na fronteira atual do Peru com a Bolivia. Posteriormente um cataclismo convulsionou a cidade destruindo-a
motivo pelo qual a população foi dispersada por todo o continente. Durante um largo período de tempo estes homens procedentes do pacifico foram se repartindo em grupos pelos 2 continentes. Alguns destes grupos em companhia dos katchinas iam em paz para ajudar os habitantes de Kaskarra.
Da selva a parede de gelo

Os hopi formaram parte do grupo de tribos que imigraram na direção norte e suas lendas recordam um período em que atravessaram 1 calorosa selva e outros em que toparam com 1 parede de gelo que lhes impediu de avançar para o norte e voltar para trás. O engenheiro Josef F. Blumrich, comentando tão surpreendentes possam ser estas tradições recorda que hoje em dia seguem vivas através de diversas cerimônias.
A cidade rosa
Muito tempo depois estas migrações todavia haviam clãs que seguiam conservando as antiqüíssimas doutrinas. Estes clãs ser reuniram e construíram uma cidade de importância transcendental a Cidade Rosa, que se identifica com Palenque, no Yucatan mexicano. Na dita cidade foi estabelecida a escola de aprendizagem, cuja influência todavia pode-se descobrir em alguns hopi. Os instrutores de dita escola eram os Katchinas e a matéria de ensinamento estava composta de quatro capítulos:


1- história dos clãs:
2- a natureza, plantas e animais;
3-o homem: estrutura, funções física e psíquica;
4- o cosmos e sua relação com o criador.
Após um período de enfrentamento entre as cidades estabelecidas em Yucatan, seus habitantes abandonaram a zona e foram para o norte.
Durante aquela turbulenta época os Katchinas abandonaram Terra. Os poucos clãs que tem seguido mantendo vivo o antigo saber se juntaram mais tarde em Oreibi sendo esta a razão de especial importância deste local.
Túneis e instalações subterrâneas
Após haver recolhido todas as informações que foram possíveis sobre os Katchinas, Blumrich chega as seguintes conclusões sobre estes seres, sem ser considerados em nenhum momento como divindades, o que é importante, se situam no plano cósmico de intervenção direta em qualquer ser humano, tem corpo físico, aparência humanem muitos aspectos comportam-se como humanos, dispõe de conhecimentos muito
superiores aos dos homens.
Tinham artefatos voadores e um escudo que rechaçava projéteis inimigos a elevada altura. eram capazes de gerar filhos nas mulheres sem contato sexual. A tudo isto soma-se as habilidades que os humanos aprenderam com os Katchinas, a mais importante foi o corte e transporte de enormes blocos de pedra, além da construção de túneis e instalações subterrâneas.
Os mensageiros dos deuses

Mais do que afirma Blumrich com relação aos hopi, que ele estudou em profundidade, podemos afirmar algumas de suas constatações observando os costumes de seus imediatos vizinhos, os índios zuñi e povo que junto com os hopi formam o grupo de povos indigenas agricultores do atual Arizona.
Assim por exemplo os zuñi cujos templos são câmaras cerimoniais subterrâneas conservam o culto da serpente emplumada como divindade celeste o que indica a origem mexicana de certos elementos de sua
religião ao exaltar diretamente com a imagem e culto de Quetzalcóatl (identificado como Kukulkán e Gucumatz) que foi também serpente voadora penetrando assim de certa forma nas narrações dos hopi que afirmam haver se estabelecido durante certo tempo nas terras de Yucatan.

Os zuñi rendem igualmente culto aos Katchinas, para eles mensageiros e intermediários entre as divindades do céu e do ser humano. Estes se identificam igualmente com os katchinas como sendo seres, emissários, mensageiros de divindades, que em textos bíblicos atuam baixando o conceito de anjos!
Outro fato curioso que se deve levar em conta é que este grupo de povos indígenas praticam a arte da pintura em seco, de areia ou de pólen, frente a seus altares para as cerimônias religiosas. A origem desta arte é desconhecida, mas é a mesma praticada no Tibete e em algumas tribos da Austrália.
Tecnologia de ponta

Vamos regressar às observações que efetua Josef F. Blumrich sem descartar as mesmas ao fazer, já que se trata de observações feitas por um engenheiro com cargo de diretor na NASA.
Afirma que os hopi contam que os discos voadores dos Katchinas se deslocavam a enormes velocidades graças ao impulso da força magnética. Em relação a isto, argumenta Blumrich que nem nós nem os hopi sabemos do que se trata concretamente. E que nós, por exemplo, não sabemos o que é a gravidade. O dia que lograrmos decifrar este enigma existirá a possibilidade de que, inclusive nós possamos voar sem limitação alguma.
Cabe recordar sem problema, voltando ao que afirmam os hopi, que Jonathan Swift colocou em sua obra As Viagens de Gulliver dados astronômicos corretos acerta dos satélites de Marte que nada em sua
época podia conhecer e que nos foram comprovados por nossos astrônomos 150 anos depois. Swift faz dizer a Gulliver - personagem central desta obra – que estes dados foram comunicados pelos tripulantes de um artefato voador e circular como os discos voadores dos Katchinas resplandecente, governado a vontade e recorrendo ao magnetismo. A força magnética que tanto afirmam os hopi servia para deslocar os discos voadores.
E quanto ao escudo capaz de fazer explodir projéteis inimigos em pleno ar, recorda Blumrich que os russos estavam desenvolvendo faz já alguns anos hastes de prótons capazes de destruir os foguetes em pleno ar, também nos Estados Unidos estão realizando ensaios secretos com raios eletrônicos, PROJETO HAARP que tem a mesma função.

O MUNDO DOS ESPIRITOS



Desde os tempos mais antigos, os Índios Norte Americanos [1] tinham algumas similaridades muito significativas. Entre estas, destaca-se a profunda conexão espiritual com o mundo natural. Entre as tribos e nações nativas americanas há uma forte tradição animísitica que aceita a existência de um mundo dos espíritos e a interconexão entre os humanos e este mundo dos espíritos. Na realidade, tal característica pode ser encontrada na maioria das populações indígenas de todo o hemisfério. A crença em espíritos é geralmente refletida em muitos aspectos da vida índia, incluindo os costumes portuários.



Deve-ser notar que os processos históricos e políticos de aculturação e assimilação têm tido um tremendo impacto nos índios Nativos Americanos nos Estados Unidos. Embora alguns elementos do passado persistem, as práticas mortuárias têm sido consideravelmente alteradas, e continuam a mudar, como resultado destes processos aculturativos. Este trabalho focaliza algumas práticas mortuárias tradicionais que ilustram como as crenças animistas dos americanos nativos afetaram tais costumes.

No mundo espiritual da maioria dos índios Nativos Americanos, os seres humanos possuem um ou mais espíritos ou almas que deixam o corpo quando a pessoa morre. [2] No passado, era crença comum que a alma da pessoa morta viajava ao longo da Via Láctea até chegar ao mundo do além. Para ajudar a alma nesta jornada era comum, portanto, incluir várias coisas ao enterrar o corpo. Estas coisas eram geralmente as que o morto possuía e que ele poderia necessitar na vida do além. Por exemplo, entre os índios Lakota da região dos Plains (uma região de planície no centro dos Estados Unidos), o equipamento de caça seria enterrado com um homem, e as coisas necessárias para a costura seriam enterradas com a mulher. Algumas tribos, tais como os Lakota e os Blackfoot, também sacrificavam o cavalo favorito da pessoa morta. [3] Às vezes vários ou muitos cavalos seriam mortos se a pessoa falecida fosse importante ou possuísse muitos cavalos. Diz-se que um chefe Blackfoot possuía mais de 4.000 cavalos, e quando ele morreu uns duzentos cavalos foram sacrificados. Entretanto, se o morto vinha de uma família pobre e não podia sacrificar um cavalo, somente a crina ou o rabo seriam enterrados com o falecido.

Entre alguns grupos tribais a alma da pessoa não seria liberada para a viagem antes que se fizesse uma festa na comunidade. A "festa de dez dias" dos Mohawks da região nordeste era um rito funerário como este. Nesta festa, discursos e condolências eram feitos e então as posses do morto eram distribuídas entre os convidados. Era durante esta festa que a alma do falecido seria liberada para começar sua jornada ao longo da Via Láctea, até chegar ao outro mundo. Os Teton Lakota tinham um costume semelhante, mas era mais pronunciado quando o morto era uma criança. Neste caso, a alma da criança era conservada por um ano em um "pacote do espírito" especial, que tinha uma mecha do cabelo da criança. Durante o ano a família faria preparações para a festa, acumulando grandes quantidades de comida, tecidos, cavalos e outras coisas. No final deste "ritual para a conservação do espírito", os pais davam uma festa e distribuíam todos os bens acumulados. De fato, tudo, incluindo o "tipi" — a tenda que era a casa da família — eram distribuídos, e a única coisa que ficava com a família era o pacote do espírito, que era aberto, e liberava a alma da criança. A comunidade então doava bens suficientes para a família da criança morta poder recomeçar a vida de novo.
Os espíritos dos mortos eram algumas vezes temidos, e precauções tinha que ser tomada quando uma pessoa morria. A maneira da morte era um fator que fazia algumas almas mais perigosas que outras. Por exemplo, os Choctaw do sudoeste acreditavam que a alma de uma pessoa morta na guerra, ou por bruxaria, ou por homicídio não começaria sua viagem ao além antes que a sua morte fosse vingada. Eles também acreditavam que mencionar o nome do morto era potencialmente perigoso, e por isso existiam regras que proibiam os vivos de usar os nomes dos mortos por um certo período de tempo. Os Navajo [4] do Sudoeste acreditavam que a alma de alguém morto por raio era tão perigosa que eles nem sequer faziam nenhum ritual funerário. Em tais casos, a pessoa e o hooghan [5] eram simplesmente queimados e abandonados. Os índios Shoshon também temiam os espíritos ou fantasmas daqueles que por qualquer motivo permaneciam na terra. Sonhar com as pessoas mortas também era considerado de mau agouro.
O imenso medo dos mortos é provavelmente melhor ilustrado com os costumes funerários dos Navajo. Os Navajo acreditavam que os mortos eram entidades potencialmente perigosas, e portanto eles tomavam cuidados muito especiais nos seus rituais. Tradicionalmente, o enterro de um ente querido era mais uma pequena cerimônia particular, ao invés de uma cerimônia pública. Apenas alguns poucos indivíduos tomavam parte na preparação do corpo e do enterro. Poucas pessoas queriam se expor aos perigos que os espíritos dos mortos representavam. Quando uma pessoa morria, a família do morto contratava quatro especialistas (lamentadores) para prepararem o corpo para o enterro. Estes lamentadores contratados lavavam o corpo e o vestiam em roupas finas, mas tinham o cuidado de colocar os mocassins da pessoa morta nos pés errados, ou seja, o pé direito no esquerdo, e o esquerdo no direito. Isto assegurava que o morto teria dificuldade de caminhar de volta para sua aldeia. Além disso, o corpo algumas vezes era carregado através de um buraco especial feito no hooghan de maneira a não contaminar a entrada normal usada pelos vivos. Os que participavam do féretro permaneciam calados enquanto carregavam o corpo para o lugar do enterro, que podia ser em um lugar isolado, ou numa boca de caverna que poderia ser selada. Assim como os membros de muitas outras culturas nativas americanas, os Navajo colocavam alguns objetos com o morto, e, como os Lakota, eles algumas vezes também sacrificavam o cavalo favorito do falecido.



As ações tomadas depois que o corpo era enterrado também refletiam o medo que os Navajo tinham dos espíritos dos mortos. Uma vez que o corpo era enterrado, os objetos funerários eram quebrados ou estragados. Depois do enterro os participantes voltavam à aldeia por um caminho diferente, e ao invés de caminhar eles iam saltando e pulando, para se assegurar que o espírito do morto não os seguiria. Os participantes então se purificavam com fumaça e ficavam dentro de suas casas por um período de luto de quatro dias. [6]
A aculturação tem certamente afetado muitas destas práticas mortuárias até mesmo entre os índios que permaneceram nas reservas. [7] Hoje não é incomum ver práticas mais semelhantes àquelas praticadas pela sociedade americana em geral do que às tradicionais.
Apesar disso, muito da espiritualidade e do animismo do passado permanece, e a interconexão entre o mundo dos espíritos e o mundo dos vivos está claramente refletida em algumas destas práticas funerárias. Se os espíritos dos mortos são ainda temidos ou não, obviamente não se questiona que os Nativos Americanos retiveram seu profundo respeito por seus ancestrais. Nada mostra este respeito mais claramente que a luta dos índios para recuperar os ossos e outros restos funerários que foram encontrados em vários cemitérios indígenas e removidos para estudos científicos. De acordo com uma longa tradição espiritual, os Nativos Americanos desejam que os restos mortais de seus ancestrais sejam propriamente enterrados. [8]


[1] Nos Estados Unidos, os descendentes das populações indígenas são chamados índios Americanos ou Nativos Americanos. Eu uso ambos termos nesta discussão, mas faço notar aqui que o termo preferido atualmente é Nativo Americano.

[2] Os costumes descritos neste trabalho podem ser encontrados em Native Nations, de Nancy Bonvillain (Prentice-Hall, 2001), que traz uma história antropológica das nações nativas. Esta referência dá uma história cultural geral dos Americanos nativos da América do Norte. Outra fonte para o mesmo assunto é o livro de Alice Kehoe, North American Indians (Prentice-Hall, 1992). Estes dois livros cobrem várias nações da América do Norte por região cultural.
[3] O cavalo foi introduzido aos índios Americanos nos anos de 1600, e eles rapidamente se tornaram cavaleiros exímios, especialmente os índios da região dos Plains. O cavalo se tornou uma fonte de riqueza e prestígio entre alguns grupos.

[4] O nome próprio dos Navajo é Diné, mas o termo Navajo é mais usado. Os estudiosos notaram que o termo Navajo originalmente veio do espanhol para indicar "os Apaches de Nabaju," que por sua vez derivavam da palavra que os índios Tewa chamavam os Diné.

[5] Termo Diné para a casa Navajo tradicional, geralmente construída de terra e madeira.

[6] Um bom texto sobre o luto, os costumes funerários, e outros assuntos contemporâneo entre os Navajo pode ser encontrado em Navajo Lifeways (University of Oklahoma Press, 2001), de M.T. Schwarz.

[7] Os índios das reservas atualmente tendem a ser mais conservadores e tradicionais que os seus compatriotas urbanos. Entre as várias reservas nos Estados Unidos, a da nação Navajo é a maior, compreendendo aproximadamente 17 milhões de acres.

[8] O Ato para a Proteção e Repatriação dos Túmulos Nativos Americanos foi assinado em 1990, dando aos Nativos Americanos o direito de reclamar os restos funerários.


O SIMBOLÍSMO DOS TOTENS


SIMBOLISMO DO TOTEM


O SIMBOLISMO DO TOTEM


Para muitas pessoas, a idéia dos totens remete às imagens de rituais sagrados e cerimônias misteriosas. No entanto, mais do que objetos de adoração ou de rituais, os totens se referem a uma grande variedade de relações: ideológica, mística, emocional e genealógica.

Ninguém sabe ao certo quando os primeiros totens foram criados [fonte: Smithsonian (em inglês)]. O que se sabe é que eles começaram como expressões artísticas dos índios americanos da costa noroeste do Pacífico, na América do Norte. Muitos historiadores acreditam que os totens tenham se originado dentro da tribo Haida, que vive no sudeste do Alasca. As tribos na porção setentrional do estado de Washington e da costa de British Columbia a seguiram.­

Os arqueólogos também acreditam que, mesmo que os totens que conhecemos atualmente não tenham surgido até o fim do século 18, as imagens e histórias que eles representam já existiam há centenas (ou talvez milhares) de anos em objetos menores, como pentes e máscaras.

Quando os colonizadores europeus viram pela primeira vez os totens do século 18, ficaram um pouco assustados. Como os totens não se pareciam com nada que já haviam visto, os colonizadores nem imaginavam para que serviam aqueles estranhos objetos. Isso levantou muitos mitos sobre os totens. O capitão britânico, James Cook, os descreveu como “figuras monstruosas” [fonte: NPR].
Mas os europeus, na verdade, ocasionaram um aumento na produção de totens. Eles tinham sofisticadas ferramentas de metal que facilitavam o trabalho dos entalhadores indígenas norte-americanos em peças de madeira maiores. Foram os europeus que rotularam essa forma artística com o nome “totem”.

O principal propósito do totem é contar uma história por meio de símbolos, tipicamente de animais e de pessoas. A enredo geralmente detalha a história e a riqueza da família que o pediu.

Durante o processo de criação, o entalhador chefe geralmente vivia com a família anfitriã, algumas vezes durante vários meses. Ele supervisionava dois ou mais entalhadores juniores durante o processo. O entalhador chefe tinha muitos privilégios e o chefe da família anfitriã era responsável por garantir conforto e entretenimento durante a sua estadia. Se suas necessidades não fossem satisfeitas ou se ele não se sentisse respeitado, o entalhador podia usar seu poder para envergonhar quem pediu o totem (por exemplo, poderia retratá-lo nu).
Como já aprendemos, os totens retratam um conjunto de entalhaduras animais e humanas. Algumas representações são mais comuns que outras, incluindo o pássaro trovão mitológico, a águia e o urso pardo. Esses símbolos dos índios norte-americanos vêm de três reinos: céu, terra ou subaquático. Crenças populares dizem que muitos animais podem se transformar em outros seres, ou até mesmo em humanos.

Algumas vezes, os índios norte-americanos usavam esses animais para representar um ancestral que eles acreditavam possuir habilidade de transformação. Ou incluíam um determinado animal simplesmente porque encontravam nele algum significado para suas vidas.
Confira a seguir uma pequena amostra desses animais e suas interpretações.


Águia: muitos acreditam que a águia seja o animal mais útil, pois ela consegue voar mais alto que os outros pássaros. Ela é considerada extremamente inteligente e é capaz de notar problemas a distância, planando em grandes altitudes.

Pássaro trovão: essa é uma criatura mitológica com o poder de criar um relâmpago piscando o olho e de fazer trovejar ao bater as asas. O pássaro trovão também consegue ficar invisível e criar violentas rajadas de vento.


Urso: acredita-se que o urso ensine os nativos a colher frutas silvestres e a caçar o salmão selvagem. O urso também ajuda durante uma batalha.

Coruja: esse pássaro representa as almas dos falecidos.


Lobo: o lobo é considerado muito poderoso. Ele também representa os que cuidam dos doentes e necessitados.

Corvo: um dos símbolos mais usados no Alasca, junto com o lobo, o corvo é querido por seus artifícios. Apesar de ser acusado de corrupto e faminto, o corvo é o assunto de mais de 90 histórias.

Sapo: acredita-se que o sapo traga riqueza e grande fortuna.

MITOS E VERDADES



Mito: os totens eram adorados pelos nativos e usados para afastar espíritos do mal.


Verdade: eles eram emblemas usados para contar histórias, não para propósitos religiosos ou místicos.

Mito: os totens possuem milhares de anos.


Verdade: os totens como os conhecemos hoje existem há apenas algumas centenas de anos. Eles são feitos de madeira, que é destruída com o tempo.

Mito: nenhuma tribo aborígine além das tribos do noroeste do pacífico constroem totens.

Verdade: tecnicamente, isso é verdade, embora as tribos de outras áreas do mundo produzam obras de arte similares. Por exemplo, os Ainu, do norte do Japão, honram os deuses com agrupamentos de troncos de árvores parecidos com totens. E a tribo Maori da Nova Zelândia é conhecida por construir totens em honra aos seus ancestrais.