Nada há a ser rejeitado, tudo deve ser acolhido, cada
peça joga um papel vital na Dança Cósmica, cada átomo e cada partícula conserva
as propriedades do TODO do qual é parte. Assim é
esta Matriz, chamada de dissociada de 3ª Dimensão. Este
campo de experiência, para o qual Gaia cedeu seu corpo como forma de expressão,
foi desenvolvido por Consciências de uma magnitude difícil de ser compreendida
por seres inseridos neste jogo dual, no entanto, por esta razão mesma esta
Dimensão conservou algumas propriedades, marcas indeléveis da Fonte, aspectos
sem os quais, inclusive, esta Dimensão não teria meios de
subsistência.
Todas as antigas tradições falam de Grandes Espíritos que
velam pela vida sob o céu e que conduzem o balé da criação e da dissolução da
forma neste planeta; embora haja uma grande confusão quanto à “quem é quem” nos
mitos e contos simbólicos, uma classe destes Grandes Espíritos é facilmente
identificada, estes foram chamados de Deuses, Espíritos dos Elementos e Devas
entre outras denominações.
Não estamos tratando aqui da chamada Dimensão Elemental,
que tem relação estrita com a Matriz Cristalina em outro âmbito da faixa de 3ª
Dimensão do planeta, mas antes das Entidades que constroem e mantem coesas as
tramas deste espaço-tempo no qual está inserida vossa consciência fragmentada
agora.
Chamemo-los Devas para evitar maiores
confusões.
Esta consciência dévica, essência dos reinos mineral,
vegetal e animal e que preside também os torvelinhos de matéria elemental foi
amplamente contatada por muitas civilizações antigas, embora nenhuma tenha se
aprofundado tanto neste contato quanto o projeto genético conhecido na história
deste planeta como povo indígena ou consciência coletiva
indígena.
Este projeto, pois se tratou realmente de um projeto,
tinha por objetivo manter abertas as portas de comunicação com os demais reinos
que percorrem com a humanidade os caminhos de 3D dissociada neste planeta. Isto
visava assegurar, acima de tudo, que permanentemente uma parcela de indivíduos
atingisse um estado de Ser ou realização percorrendo o Caminho da
Simplicidade.
Sim, simplicidade, pois o contato com o Ser através da
Natureza, ou consciência dévica, exige despojamento e simplicidade. Isto é
facilmente comprovado em vossa experiência diária (uma vez que mais que nunca
este caminho está aberto a todos os seres humanos e tem sido explorado por um
número cada vez maior de seres), basta aproximarem-se de uma árvore, pedra ou
animal: vocês não podem acercar-se destas formas usando de vossas complicadas
estruturas mentais, afinal de contas, quantos debates filosóficos vocês já
tiveram com uma árvore? Nenhum.
Isto porque esta consciência escapa da rede mental humana
e por isto mesmo estas Vidas propiciam o contato com o Ser através da
Simplicidade.
Os antigos povos indígenas traziam em si bem presentes
que cada forma, cada Vida é uma porta de contato com o Grande Espírito, o Sopro
que tudo anima, por isto sua Sabedoria era algo simples e
direto. Não acumularam vastas bibliotecas e nem necessitavam de
sofisticados laboratórios e no entanto, respeitadas as limitações inerentes
àquele ciclo, foram mais longe na exploração desta dimensão que qualquer um dos
modernos métodos científicos.
A Essência da Vida manifesta ou imanifesta apreende-se no
Silencio e Agora é o momento em que urge acolher e viver este princípio, o
Silêncio de projeções mentais, dos rugidos emocionais, mesmo de movimentos
físicos desnecessários. Tudo deve estar imbuído de Atenção e
Intenção.
Nisto a Natureza tem em muito a vos oferecer – lembrando
que a realização do Ser precede a Unificação da Consciência, Unificação esta que
está além de qualquer dicotomia personalidade – alma. Mas a
realização do estado de Ser ou Despertar é condição sine qua non para a passagem
de um estado de consciência fragmentada para uma Consciência
Unificada.
Recentemente houve um re-despertar dos arquétipos da
consciência indígena, se expressando não mais através de um povo especifico mas,
devido à abertura alcançada pela humanidade, através de impulsos a nível
planetário da necessidade de reconexão com a Vida do planeta, com Gaia;
movimentos externos à parte tudo isto concorre para uma maior aproximação do ser
humano de sua Dimensão Divina ou Real Existência.
Sintam no sussurro do vento e no canto das águas Gaia vos
chamando ao Encontro. Não se demorem mais que o necessário em vossas pequenas
preocupações materiais, logo isto perderá mesmo o pouco peso que ainda tem,
antes se entreguem e permitam-se experimentar a Leveza e a Suavidade que emana
de vosso núcleo interior, de vosso Coração.
Revelem-se a Si mesmos e tornem-se Unos e a própria
Fonte.
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