quarta-feira, 3 de setembro de 2014

ANCESTRALIDADES


 

Ancestralidades

Uma das principais fontes de inspiração para quem busca conhecer a Alma Celta é a sua própria História. As crenças dos celtas da Antigüidade, os feitos dos heróis e heroínas celtas e suas lendas e mitos maravilhosos nos inspiram a resgatar a Alma Celta para nossos dias, tornando-a uma espiritualidade ativa, coerente, embasada e transformadora. Este apreço pela história é um dos aspectos da Ancestralidade de um ponto de vista celta.
Plural
Todos nós estamos familiarizados com o conceito de ancestralidade significando “linhagem sangüínea”. Somos filhos de um pai e de uma mãe – nossos primeiros ancestrais – e também de avós, bisavós, trisavós e assim por diante, recuando até a aurora dos tempos e – assim nos explica a moderna genética - nos irmanando com praticamente todos os seres humanos. Essa ancestralidade sangüínea determina, através da transmissão de informações genéticas, quem somos fisicamente: a cor de nossos olhos, tez e cabelos, estatura e compleição física etc. No fundo, a todos esses nossos ancestrais de sangue devemos o simples fato de existirmos - sem eles, não estaríamos aqui - gostemos disso ou não.
Mas essa não é nossa única ancestralidade: outra, tão importante quanto a sangüínea, determina no que cremos, nossos valores, nossa filosofia – em outras palavras, determina a herança de nossa alma: é a Ancestralidade Espiritual.
Quando optamos por seguir um determinado caminho espiritual, seja ele qual for, ingressamos numa senda aberta por outros antes de nós. Para que possamos trilhar esse caminho com segurança, é necessário que conheçamos suas características, sua história, suas origens e transformações. Essa é a nossa Ancestralidade Espiritual. E ela não é limitada pela ancestralidade sangüínea, pois se assim fosse não haveria nenhum budista que não fosse indiano, nem cristão que não fosse de origem judia.
Conhecer a história da espiritualidade celta é honrar nossas origens, impedindo mistificações, falácias e fantasias. Da mesma forma que é possível traçar uma árvore genealógica que nos mostra quem são nossos ancestrais de sangue, é importante que possamos traçar uma ‘genealogia’ espiritual que nos ponha em contato com o sagrado e inesgotável manancial de inspiração que vem dos druidas históricos, passa pelos bardos e santos medievais e pelos modernos poetas, romancistas e filósofos irlandeses. Isso é honrar nossa história, nosso caminho, nós mesmos.


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