quarta-feira, 3 de setembro de 2014

ANIMISMO


Animismo

Para a Alma Celta, tudo que existe é dotado de alma. Obviamente não se trata do conceito de ‘alma’ como o espírito de alguém falecido, um fantsma, “encosto” ou “obsessor”. A alma presente em tudo que existe pode ser descrita como sua energia, a sua identidade intrínseca. Assim, cada característica da natureza – um rio, uma montanha, um lago, uma floresta, a chuva, os ventos, o trovão, as estações do ano – tudo isso possui, do ponto de vista celta, um espírito próprio, com o qual é possível estabelecer um diálogo, uma relação, um contato – de alma para alma. A esse princípio damos o nome de ANIMISMO: reconhecer a presença da alma (anima em latim) em tudo que existe. Se algo tem alma, é vivo; se é vivo, é sagrado. Se é sagrado, é divino. Se é divino, é dos deuses.
Numa cultura como a nossa, em que muitos hesitam em reconhecer a presença de alma em outros animais (por si só, uma contradição lingüística) e em que a principal religião moderna reconheceu somente no século XIX que mulheres tinham alma, absorver o conceito do animismo é um enorme desafio. Os benefícios de assim fazer, contudo, são muitos – num nível pessoal e coletivo.
A percepção animista da espiritualidade celta é facilmente identificada nos textos que relatam as crenças e práticas do druidismo histórico, e não deixa dúvidas sobre a natureza xamânica das práticas druídicas.


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