sábado, 20 de setembro de 2014

INICIAÇÃO


O QUE É XAMÃ

"Xamã é uma palavra de origem tunguska (povo nativo da Sibéria), designando uma pessoa que pode "voar" para outros mundos, entrar em um estado extático e ter acesso e contato com seus aliados (animais, vegetais, minerais), seres de outras dimensões e os espíritos ancestrais. O Xamã se diferencia do mago, curandeiro, feiticeiro ou bruxo, pela forma de comunicação com outros mundos. O Xamã se identifica com os seus auxiliares ao se transportar para outros planos, enquanto os outros invocam estes seres para seus rituais e trabalhos mágicos."

Uma definição básica de um Xamã é relacionada as culturas primitivas que respeitam a natureza e todas suas coisas viventes. Xamanismo não vê todas as coisas como objetos fixos, como geralmente nossas convicções ocidentais sugerem, mas como padrões de energia correntes, constantemente fundindo, trocando, e vagueando separadamente em uma dança infinita.

O Xamã é reconhecido como sendo uma pessoa com esta dança de energia, e como tal, está constantemente trocando energia com todas as coisas, vivendo em mudança constante. Nós nunca podemos ser exatamente como éramos a um minuto atrás, nós não podemos viver em nosso passado, nenhum poder reside no presente momento, temos que aceitar os padrões de energia que estão em nós.

Outro aspecto de convicção do Xamanismo é aquele mito da realidade dos dois lados da mesma moeda, diz de quem e como. Consequentemente, ambos são válidos. Uma pessoa simplesmente não pode existir sem a outra. Como Lao disse de Tsé, " Um é cria do outro ". Nossa deficiência de mitos na nossa cultura só serviu para nos fazer sentir isolados um do outro e resultou freqüentemente em medo, e preconceito do que realmente somos.

Quando nós estudamos os mitos, quando nós procuramos profundamente dentro de nós mesmos as respostas, nós aprendemos a entender nós mesmos e nossa conexão verdadeira com todas as coisas. Só deste modo, reconhecendo que nós somos tudo e tudo somos nós, poderemos verdadeiramente entender e curarmos nós mesmos e nosso mundo.

Em muitas culturas, o mito está em toda parte tal qual como o movimento da Consciência. Estas pessoas que buscam profundamente dentro deles achar respostas das que eles precisam tão desesperadamente, mas que foi rejeitado por uma sociedade que mergulhou no medo.

Quando nós viajamos em nossas visões, nossa mente subconsciente cria imagens que nos permitem entender o mundo, só palavras não podem descrever completamente o que fazemos nessas visões.

Isto é por que algumas pessoas vêem anjos enquanto outros são visitados por ETs e ainda outros falam com espíritos animais. Nossas mentes apresentam um pedaço de nós nessas imagens para que nós possamos nos entender melhor como indivíduos.

qualquer um que começou a buscar profundamente resgatar o contato perdido com a Mãe Terra, achando o lugar deles no grande círculo da vida, restabelecendo assim o seu próprio equilíbrio, é um " Xamã " moderno.

Ser um Xamã não confere grandes poderes ou grande respeito. Mas, é uma responsabilidade para nós mesmos e nosso mundo, para curar e ensinar os outros a viverem em paz com todas as coisas.


INICIAÇÃO AO XAMANISMO

Existem visões fortes ou acontecimentos incomuns que marcam alguém e revelam a um xamã já iniciado que a "Fonte de Tudo" está apontando aquela pessoa para ser um aprendiz. Este método é considerado o mais adequado pois evita que preferências pessoais interfiram no processo e garantem que a continuidade do conhecimento está sendo determinada por um estância de força superior, que vai portanto "cuidar" e "auxiliar" o aprendiz.

Outra forma comum de se aproximar da senda do xamanismo é chamado de "doença do xamã". Sem nenhuma causa detectável uma pessoa adoece ou cai em depressão profunda, perde a vontade de viver. Então descobre-se que ela tem a doença do xamã. Ela encontra um xamã e então este tem algum sinal que deve, não apenas curar, mas também fazer daquela pessoa herdeira e continuadora de seus conhecimentos.

Um processo iniciático tem início então e um ser humano vai começar a fascinante aventura de abandonar os limites da condição humana e partilhar com entes e deuses, com seres de outras linhagens de evolução vivências que o levarão a ser de fato "além do humano".

Um xamã pode ser um curador, um contador de história, um guerreiro ou um caçador. Pode dançar para expressar o poder, cantar e tantos outros aspectos da arte, alguns inclusive impossíveis de serem descritos ao ocidental civilizado que desconhece a riqueza do mundo no qual os nativos viviam.

A morte está sempre presente nos ritos iniciáticos de um aprendiz. Quando isso ocorre durante as cerimônias nativas, significa que o nosso antigo ser está morrendo e, a partir daquele momento, através do renascimento do aprendiz ele está apto a percorrer um caminho luminoso e vibrante como é a vida. Morrendo nessas cerimônias você está morrendo para o seu antigo mundo, repleto de condicionamentos e definições.

Rompendo essas barreiras você renasce das cinzas tal com a Fênix para começar a trilhar um caminho árduo com um sorriso nos lábios e com sua visão aberta. Assim é o xamanismo, um caminho que visa a expandir a sua consciência, mostrando outras dimensões de realidade.

Por isso percebemos que todo trabalho iniciático, quando profundo e não apenas formal, tem a fase da morte para a antiga vida e do renascimento para um novo ciclo. O ser que nasceu dentro deste contexto que chamamos realidade, tem um script pronto, um papel a desempenhar na realidade da vida.

Nas cerimônias xamânicas de morte, elas são encaradas como um sacrifício, onde sacrificamos o desequilíbrio e a angústia que o mundo dito civilizado nos deu. São essas cerimônias que fazem nos encontrarmos com nosso verdadeiro Ser, fazendo-nos acordar do sonho social.

A iniciação do xamã é sempre um caminho no qual ele se desintegra, se desfaz de tudo que o fizeram e então é reconstruído pela força da Mãe Natureza e redivivo começa outra vida, não mais presa as antigas formas, mas nascido de si, por si vai agora trilhar um caminho que quiçá, irá leva-lo há muito, muito longe.

Um comentário:

  1. Aloha!
    Faltou os devidos créditos do texto a minha pessoa e página.
    Munay,
    Wagner Frota (www.xamanismo.com)

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